Agência Minas Gerais | Confira a lista dos campeões do Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais

O produtor Kleber João Soares, de Vargem Bonita, na região da Canastra, conquistou o título de grande campeão da categoria Queijo Minas Artesanal do 17º Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais. 

Já nas categorias dos Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas, os primeiros colocados foram o Queijo Artesanal Inácio (Alagoa), na categoria dois (maturação até 30 dias); e Guilherme Arantes Rosa Maciel (Aiuruoca), na categoria três (maturação acima de 60 dias).

Na recém-criada categoria “Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas – com ingredientes opcionais ou defumados” o primeiro lugar foi conquistado pelo produtor Leonardo de Andrade Pereira, de Aiuruoca (Mantiqueira de Minas). 

A premiação dos vencedores do Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais ocorreu sexta-feira (30/8), no Serro,  durante a Festa do Queijo.

A escolha do Serro para sediar a final do concurso se deve a importância da atividade na região, cuja tradição remonta à chegada dos colonizadores portugueses, pelas trilhas do ouro. 

O modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro foi o primeiro bem registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de Minas Gerais, em agosto de 2002.

Emater / Divulgação

Homenagem

Durante a programação da festa, o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, e o diretor técnico da empresa, Gelson Soares, foram agraciados com a Comenda Guardião do Queijo, oferecida pela Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro (APAQS), pelos serviços prestados na promoção, divulgação, proteção e desenvolvimento da cadeia produtiva do queijo da região do Serro. 

“O concurso de queijo é uma estratégia da Emater-MG, de assistência técnica, para que possamos valorizar e promover os nossos queijos. Além disso é uma forma de ter assistência técnica para a melhoria contínua desse produto que faz parte das tradições mineiras”, salienta Otávio Maia. 

Disputa acirrada

Cada uma das quatro categorias do concurso teve cinco vencedores, que atingiram notas bastante altas. 

“São ótimos queijos e a gente tem visto um crescimento da qualidade dos queijos inscritos todos os anos. Acredito que isso venha ocorrendo devido ao bom trabalho da extensão rural que leva informações para os produtores e eles vêm se qualificando para produzir o melhor queijo para o consumidor”, argumenta o consultor técnico de queijo Élmer de Almeida, um dos jurados do concurso.

Os jurados do concurso avaliaram aspectos internos e externos de cada uma das peças, analisando a apresentação (formato e acabamento), a cor (uniforme ou manchada), a textura (olhaduras e granulação), a consistência (dureza e untuosidade) e o paladar e o olfato (sabor e aroma) dos queijos. 

O vencedor da categoria QMA, Kleber Soares, diz que “busca sempre fazer um produto de qualidade, usando as melhores práticas desde a retirada do leite até a produção dos queijos”.

Vencedores

Os demais vencedores da categoria QMA foram: Alexandre Honorato (Araxá), no segundo lugar; José Orlando Ferreira Júnior (Carrancas/Campo das Vertentes), em terceiro; Vismar Enio Pimenta (Alvorada de Minas/Serro) em quarto, e João José de Melo (Serra do Salitre/Serra do Salitre), em quinto.

Já na categoria dos Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas, com maturação até 30 dias (categoria dois), também foram premiados: Queijaria Perroni (Itamonte), no segundo lugar, seguido pela Fazenda JM (Itamonte) em terceiro, além do Queijo Kairós (Itamonte) em quarto e o Pedra do Segredo (Alagoa), na quinta posição.

Na categoria três (maturação acima de 60 dias), o quadro de ganhadores traz Luciane Carvalho/João Carlos de Carvalho (segundo lugar/Itamonte), Marcelo Fonseca de Andrade (terceiro lugar/Alagoa), Carlos Henrique Cugler Lamim (quarto lugar/Virgínia) e Jó Ribeiro de Carvalho Júnior/Sandra (quinto lugar/Itamonte). Fabiano Tavares Fonseca (segundo lugar/Itamonte), Lourenço Martins de Barros (terceiro lugar/Alagoa), Valdeci Mendes de Andrade (quarto lugar/Alagoa) e Jó Ribeiro de Carvalho Júnior/Sandra (quinto lugar/Itamonte) foram os destaques da nova categoria de queijos com ingredientes opcionais ou defumados (categoria quatro).

Os queijos vencedores do concurso ganharam troféus. Mas todos os produtores participantes do 17º Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais receberam o Certificado de Participação. 

 

Emater / Divulgação

O concurso é promovido pelo Governo de Minas, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 

Atualmente, está em andamento no país uma campanha para consolidar a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco.

Campeões do 17º Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais

Queijo Minas Artesanal – Categoria um

1º – Kleber João Soares (Vargem Bonita/Canastra)

2º – Alexandre Honorato (Araxá/Araxá)

3º – José Orlando Ferreira Júnior (Carrancas/Campo das Vertentes)

4º – Vismar Enio Pimenta (Alvorada de Minas/Serro)

5º – João José de Melo (Serra do Salitre/Serra do Salitre)

Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas – Categoria dois

1º – Queijo Artesanal Inácio (Alagoa)

2º – Queijaria Perroni (Itamonte/Mantiqueira de Minas)

3º – Fazenda JM (Itamonte/Alagoa)

4º – Queijo Kairós (Itamonte/Mantiqueira de Minas)

5º – Pedra do Segredo (Itamonte/Mantiqueira de Minas)

Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas – Categoria três

1º – Guilherme Arantes Rosa Maciel (Aiuruoca/Mantiqueira de Minas)

2º – Luciane Carvalho/João Carlos de Carvalho (Itamonte/Mantiqueira de Minas)

3º – Marcelo Fonseca de Andrade (Alagoa/Mantiqueira de Minas)

4º – Carlos Henrique Cugler Lamim (Virgínia/Mantiqueira de Minas)

5º – Jó Ribeiro de Carvalho Júnior/Sandra (Itamonte/Mantiqueira de Minas)

Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas – Categoria quatro

1º – Leonardo de Andrade Pereira (Aiuruoca/Mantiqueira de Minas)

2º –Fabiano Tavares Fonseca (Itamonte/Mantiqueira de Minas)

3º – Lourenço Martins de Barros (Alagoa/Alagoa)

4º – Valdeci Mendes de Andrade (Alagoa/Alagoa)

5º – Jó Ribeiro de Carvalho Júnior/Sandra(Itamonte/Mantiqueira de Minas)

Sede Administrativa prevê flexibilidade e práticas sustentáveis





Entenda os principais pontos da proposta vencedora do Concurso Público Nacional de Arquitetura



Projeto vencedor para a nova sede administrativa do Governo de SP foi do escritório Ópera Quatro Arquitetura

O projeto do escritório Ópera Quatro Arquitetura venceu o Concurso Público Nacional de Arquitetura para a nova sede administrativa do Governo de São Paulo nos Campos Elíseos, na capital paulista.

O resultado foi homologado na última segunda-feira (26) no Diário Oficial. Ao todo, foram analisados 45 projetos abrangendo as quadras no entorno da praça Princesa Isabel. A proposta vencedora visa construir prédios de diferentes tamanhos, criar fachadas ativas, implantar técnicas sustentáveis, respeitando a história do centro histórico.

Leia a reportagem completa na Agência SP

Agência Minas Gerais | Governo de Minas apoia Congresso Internacional de Estudos Aduaneiros 

Realizada na Cidade Administrativa com apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), a 11ª edição do “Congresso Internacional de Estudos Aduaneiros 2024”, nos dias 29 e 30/8, contou com a participação de mais de 400 pessoas. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Estudos Aduaneiros (Abead).

Com o tema “Aduana: parcerias e estratégias para um mercado internacional mais seguro, transparente e sustentável” e composto por nove paineis, a edição reuniu mais de 40 especialistas nos mais relevantes temas aduaneiros e do comércio internacional. 

Entre os principais temas foram abordados o gerenciamento de risco e inteligência artificial,  a reforma tributária, o Operador Econômico Autorizado (OEA), a Declaração Única de Importação (Duimp), Portal Único de Comex e a importância de um Código Aduaneiro no Brasil.

“O trabalho do Governo de Minas é pautado na geração de emprego e renda para os mineiros. Para nós da Sede-MG, a promoção do comércio exterior de Minas Gerais é fundamental para alcançarmos esse objetivo”, destacou a secretária Adjunta de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Kathleen Garcia.

 A secretária reforçou o apoio do Governo de Minas ao comércio exterior. 

“Trazemos divisas para as empresas mineiras que criam fatores de sustentabilidade para os negócios e amadurecem os nossos setores produtivos, estando expostos a uma competição internacional”. 

Além da presença da secretária Adjunta da Sede-MG, do secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Bruno Araújo, e do secretário de Estado de Fazenda de Minas Gerais, Luís Cláudio Fernandes, o evento também contou com representantes da Receita Federal do Brasil e de entidades públicas, além de acadêmicos, sociedade civil organizada, setor privado e palestrantes de outros países.

Sobre o congresso

A11ª edição do congresso comemora 15 anos de fundação da Abead. A ação promovida em parceria com a Sede-MG, por meio da Subsecretaria de Atração de Investimentos e Cadeias Produtivas (Subinvest), teve como público-alvo todas as pessoas envolvidas na cadeia do comércio exterior.

A Abead promove encontros para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da legislação, das práticas e do conhecimento aduaneiro no Brasil. Na busca desse objetivo, a Abead foi reconhecida pela Organização Mundial das Aduanas (OMA), em janeiro de 2023, por promover ações voltadas para o compartilhamento de conhecimento.

 

Mulher ribeirinha no Pantanal é resgatada em ação conjunta da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e PRF

Uma moradora ribeirinha da comunidade do Bracinho, na região do Pantanal de Paiaguás foi resgatada ontem (30) em uma ação conjunta entre a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e PRF (Polícia Rodoviária Federal). Dona Maria José Pereira, de 82 anos, sofreu queimaduras de segundo grau em virtude de um acidente doméstico quando manuseava o fogão à lenha. As chamas acabaram consumindo toda a sua casa.

De acordo com o capitão da Defesa Civil, Maxwelbe de Moura Fé, ainda no local foram prestados por bombeiros os primeiros socorros, e em seguida, um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) deslocou a moradora até Corumbá, onde segue em atendimento médico.

“Após acionarmos o nosso comando da Defesa Civil,  o Corpo de Bombeiros deslocou imediatamente o helicóptero da PRF para o local. A vítima recebeu os primeiros socorros e foi transportada até Corumbá para atendimento hospitalar”, afirmou o capitão Maxwelbe.

A Defesa Civil do Estado realiza até este sábado (31) no Alto Taquari uma operação de assistência humanitária aos ribeirinhos do Pantanal.

Durante a operação, que teve início no dia 25 de agosto, cerca de 230 famílias foram atendidas na região do Taquari, com entrega de cestas básicas e água potável, além de assistência médica e social. Esta é a primeira edição desta operação humanitária no Pantanal.

Para o mês de setembro estão previstas mais três ações no Alto Pantanal, Baixo Pantanal e Taquari. Assim como o retorno nas mesmas regiões em outubro e novembro.

Alexandre Gonzaga, Comunicação do Governo de MS, com informações de Helton Davis ( Comunicaçaõ Defesa Civil)

Fotos: Helton Davis

Participação popular na audiência da Rota da Celulose garante transparência – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Audiência Pública virtual realizada nesta sexta-feira (30), pela TVB3, contou com total de 224 interessados participando remotamente da apresentação do projeto de concessão das rodovias da Região Leste de Mato Grosso do Sul.

A consulta pública permanece aberta até a próxima sexta-feira (dia 6 de setembro) para a população que deseja colaborar no projeto.

A sessão virtual contou com a presença de representantes dos três poderes estaduais executivo, legislativo e judiciário, representantes da iniciativa privada, sociedade civil da região leste e cidadãos sul-mato-grossenses interessados no tema.

Com a finalidade de tornar público, colher sugestões e contribuições para o projeto de concessão das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e trechos das federais BR-262 e BR-267, o Escritório de Parcerias Estratégicas
do Estado de Mato Grosso do Sul (EPE) apresentou as modelagens técnica, econômico-financeira e jurídica do projeto em plataforma virtual conduzida pela equipe da B3 (Bolsa de Valores do Brasil).

Eliane Detoni, secretária de Parcerias Estratégicas, destacou o avanço do projeto na consolidação de importantes benefícios à população sul-mato-grossense, especialmente aos usuários das rodovias.

“Não medimos esforços para a estruturação desse projeto. Nossos projetos são sempre estruturados, buscando achar o ponto de equilíbrio entre as necessidades de atendimento ao serviço público que é ofertado aos usuários
das rodovias e à sustentabilidade financeira do projeto”.

Todos os investimentos incluídos no projeto passaram por uma análise criteriosa quanto à efetiva contribuição para a melhoria ao serviço prestado como também em relação a real capacidade de amortização durante a vigência do contrato. “Me refiro especialmente à sustentabilidade do projeto quando estamos olhando para um horizonte de 30 anos”.

Eliane Detoni ressaltou ainda a importância da audiência pública para o aprimoramento do projeto de concessão. “Nós entendemos a relevância que a apresentação do projeto à sociedade proporciona com contribuições que tornarão o projeto mais viável e atrativo”.

Para a concretização do projeto de concessão houve ampla interlocução com outras esferas da federação. Negociação com o Governo Federal, principalmente junto ao Ministério dos Transportes, resultou na delegação de dois importantes trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267. As tratativas se estendem à empresa federal Infra S.A., ANTT e ao DNIT que compartilharam inovações tecnológicas e normas regulatórias atualizadas do
setor que contribuíram ao projeto.

Com essa composição foi possível aliar investimentos no lote composto pelas cinco rodovias que possuem a mesma área de abrangência (Região Leste) cuja pretensão é a melhoria da trafegabilidade dessas rodovias que simultaneamente se sustentam quanto a viabilidade econômico-financeira do projeto.

Dentro do governo o projeto permaneceu em diálogo constante com a agência reguladora (Agems) e com a Secretaria de infraestrutura (Seilog) que contribuíram com o levantamento das demandas e problemas identificados na execução de contratos de concessão, buscando sempre equalizar e incorporar melhorias aos novos projetos.

Ao fim das exposições técnicas foram reservados 30 minutos para asmanifestações de todos os interessados presentes na conferência.

Foram recebidos e respondidos 14 questionamentos durante a sessão e recebidas 19 contribuições durante o período de consulta pública. Participaram da audiência pública Monica Salles, gerente de processos licitatórios da B3 (Bolsa do Brasil), Eliane Detoni, secretária especial de parcerias estratégicas de Mato Grosso do Sul, Guilherme Alcântara de Carvalho, secretário de infraestrutura e logística, Rodrigo Perez, secretário de estado de governo e gestão estratégica, Carlo Fabrízio, procurador do Estado, Rédel Furtado Néres, diretor econômico-financeiro do EPE e o consultor Saulo Horta Barbosa.

Serviço – Questionamentos e dúvidas referente ao projeto de concessão deverão ser enviados, por e-mail, até o dia 6 de setembro em formulário disponível no site www.epe.segov.ms.gov.br . Após o encerramento do prazo todas as perguntas serão respondidas e disponibilizadas no site do EPE em até 30 dias. O edital de licitação está previsto para ser lançado em setembro e o leilão a ser realizado em 12 de dezembro de 2024.

Laine Breda, Comunicação do EPE

Fotos: Edemir Rodrigues 

Carretas da Mamografia atenderão seis municípios de SP em setembro





Nos primeiros oito meses deste ano, o serviço gratuito do Governo de SP realizou mais de 21 mil exames de mamografia



Imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI) da Secretaria de Estado da Saúde

Paraisópolis, na cidade de São Paulo, e os municípios de Apiaí, Bananal, Piquete, Araçoiaba da Serra e Eldorado receberão durante o mês de setembro as Carretas da Mamografia, do Programa Mulheres de Peito, que visa o diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama. O serviço é uma iniciativa do Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que promove mamografia gratuita para mulheres acima de 35 anos.

Incentivando o autocuidado, as carretas atendem mulheres, sem necessidade de agendamento, entre 35 e 49 anos e acima de 70 anos mediante apresentação do RG, cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) e pedido médico. Para as pacientes com idade entre 50 e 69 anos, é necessário apresentar apenas RG e cartão do SUS.

Leia a reportagem completa na Agência SP

Agência Minas Gerais | Governo de Minas publica edital para retomada da obra da ponte sobre o rio São Francisco

O Governo de Minas publicou nesta sexta-feira (30/8), por meio do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), o edital da nova licitação para a continuidade da construção da ponte sobre o rio São Francisco na MG-402, obra aguardada há mais de 70 anos pela população do Norte de Minas.

O investimento é estimado em R$173 milhões. A abertura das propostas está agendada para o dia 9/10/2024, às 9h30.

A publicação do documento vai permitir a retomada dos serviços e acabar com o transtorno da travessia por meio de balsas e barcos. A obra representa a esperança de progresso e mais qualidade de vida dos moradores da cidade de São Francisco, às margens do rio que batizou a cidade, e faz a conexão com o município de Pintópolis, pela rodovia MG-402.

 








 
 
   
   


Zema frisa que os recursos são oriundos do Acordo de Reparação, pelo rompimento em Brumadinho, assinado pelos compromitentes – Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) – com a Vale. O rompimento tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais.

Estrutura

A ponte, uma das maiores já construídas em Minas – com 1.120 metros de extensão e 13,8 metros de largura – está incluída no Provias, maior pacote de obras rodoviárias da última década e tem os recursos garantidos.

Além da edificação da travessia sobre o rio, o edital número 2301520 000017/2024 (Concorrência Eletrônica) prevê obras de melhoramentos e pavimentação de variante de acesso à ponte com 3,06 quilômetros, no trecho entre São Francisco e Pintópolis.

Histórico

As obras foram paralisadas devido à rescisão contratual com a empresa responsável pelo serviço.

A decisão, unilateral por parte do Governo de Minas, foi tomada após reunião realizada com a presença de representantes da empresa e do MPMG, diante da recorrente incapacidade da construtora de avançar com os serviços conforme obrigação contratual.

“Tivemos a infelicidade de contratar uma construtora que alegou desequilíbrio financeiro e acabou abandonando a obra. Mas o dinheiro do Governo de Minas sempre esteve garantido”, lembra o governador de Minas Gerais.

Na época, por meio do DER-MG, o Governo do Estado estabeleceu prazo de 60 dias para a empresa tomar as devidas providências em relação ao grande volume de material estocado no canteiro de obras, bem como para a conclusão de elementos de concreto que se encontravam parcialmente executados, de forma a minimizar perdas pela paralisação.

Pavimentação do trecho Pintópolis-Urucuia

Ainda na região, o DER-MG segue com as obras nas rodovias MG-402 e MG-202, trecho que liga Pintópolis a Urucuia. São 73 quilômetros a serem pavimentados divididos em dois lotes: o primeiro com 21,753 quilômetros e o lote dois com 51,440 quilômetros. A previsão é de que até o final de 2024 cerca de 30 quilômetros já estejam pavimentados.

As obras no segmento vão integrar a região Norte e Noroeste de Minas, os vales do Jequitinhonha e Mucuri e o Sul da Bahia, facilitando o transporte de grãos, que é a base da economia da região.

Além disso, a expectativa é a de que, após a conclusão dos serviços, cerca de 100 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente pela pavimentação do segmento.

“A pavimentação da MG-402 e MG-202 é uma obra esperada pela população do Norte de Minas há décadas. A melhoria vai trazer benefícios logísticos e de segurança viária para toda região, além de diminuir significativamente o tempo de deslocamento no trajeto até Brasília, que poderá ter redução de mais de duas horas”, destacou o diretor-geral do DER-MG, Rodrigo Tavares.

 

Projeto Artesania fomenta cultura e geração de renda no interior por meio do artesanato – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

A FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), subordinada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), implementa políticas públicas voltadas para a valorização do artesanato, promovendo a geração de emprego, inclusão social e melhoria da qualidade de vida. Ao longo do ano, diversas ações destacam a riqueza do artesanato sul-mato-grossense, promovidas por meio da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais.

Uma das iniciativas mais importantes da Gerência é o Projeto Artesania, que oferece cursos nas áreas de gestão de negócios, inovação, design e aprimoramento de técnicas artesanais. Além disso, o projeto preserva e repassa o ofício de artesão de geração em geração, valorizando as técnicas e matérias-primas regionais.

Graças às oficinas do projeto, foram criados ou revitalizados vários núcleos de artesanato no interior do estado, o que não só fomenta a cultura local, mas também gera ocupação e renda para as famílias sul-mato-grossenses.

Em 2024, entre abril e julho, o Projeto Artesania ofereceu 13 oficinas em diversos municípios. Foram realizadas a Oficina de Argila na Cerâmica Terena, em Nioaque, atendendo 12 artesãos; a Oficina de Costura Criativa em Naviraí, com 20 artesãos; a Oficina de Design em Couro de Peixe em Mundo Novo, com 16 artesãos; e a Oficina de Design – Rota Pantanal em Miranda, Bodoquena/Porto Murtinho e Corumbá, atendendo 15 artesãos. Também houve a Oficina de Modelagem em Argila com temas do Pantanal na Festa da Linguiça de Maracaju, com 15 artesãos, e a Oficina de Crochê – Amigurumi em Ladário, com 15 artesãos.

Outras oficinas incluíram a de Design em Bordado em Ivinhema, com 14 artesãos; a de Costura Criativa em Ponta Porã, com 20 artesãos; e a de Costura Criativa em Coxim, com 15 artesãos. Além dessas, a Oficina de Acessórios de Papel em Ribas do Rio Pardo, com 11 artesãos; a de Multitécnicas em Acessórios Artesanais (macramê e sementes) em Sonora, com 13 artesãos; a de Multitécnicas em Acessórios Artesanais (macramê, argila e madeira) em Rio Verde, com 15 artesãos; e a Oficina de Crochê em Amigurumi em Itaporã, com 14 artesãos, também fizeram parte da programação.

Oficina de Fibra de Bananeira na Praça dos Imigrantes (Foto: Daniel Reino/Setesc)

Gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da FCMS, Katienka Klain destaca que o Projeto Artesania, existente desde 2007, tem como função principal incentivar a produção artesanal. “O projeto criou vários núcleos produtivos e garante a manutenção da qualidade do artesanato. É fundamental para o desenvolvimento artesanal do Estado, pois incentiva e preserva o modo de fazer sul-mato-grossense”.

Maria Emília França, uma das participantes do projeto, ministra oficinas de amigurumi, ponto cruz e macramê, e possui a Carteira do Artesão há quase 17 anos. Ela já lecionou em Ladário e Itaporã, e considera a experiência no Artesania “maravilhosa”. “Esse projeto me permite compartilhar meu conhecimento. Eu sempre quis ensinar, mas não tinha como. O Artesania fez essa conexão com quem precisa desse curso, principalmente as mães que ficam em casa e querem melhorar a situação financeira. Eu também já estive nessa posição e sei o quanto esse projeto é importante. Estou amando.”

Oficina de Bijuterias em Campo Grande (Foto: divulgação)

A artesão se emociona ao falar sobre o impacto do projeto. “Cada curso é uma emoção. Ver a alegria das meninas em confeccionar as peças é incrível. A Fundação de Cultura foi fundamental na minha vida. Quando minha filha nasceu, eu não pude mais trabalhar fora e comecei a fazer trabalhos manuais. Tirar a Carteira do Artesão me abriu muitas portas. A Fundação e o projeto Artesania estão de parabéns. Tomara que continuem pelo resto da vida. Eu nasci para ensinar e estou amando”.

Elisângela Aparecida Benagio, da Gerência de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Itaporã, um dos municípios beneficiados pelo projeto, relata a experiência local. “A Fundação de Cultura trouxe a oficina de crochê em amigurumi para Itaporã, e o sucesso foi enorme. As participantes amaram, e até hoje comentam e compartilham receitas. Muitas começaram a vender suas peças, o que é ótimo, pois reacendeu a paixão pelo artesanato”.

Ela também ressalta o impacto do projeto. “A oficina foi uma experiência única, que reacendeu a vontade de aprender das pessoas. A demanda por novas oficinas aumentou, o que é muito interessante. Em breve, queremos trazer mais ações do Projeto Artesania para Itaporã. É um projeto que traz esperança e capacita as pessoas para crescerem e inovarem”.

Karina Lima, Comunicação Setesc
Foto em destaque: Karina Lima

Jogos da Melhor Idade de Mato Grosso do Sul celebram inclusão de pessoas idosas – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Os Jogos da Melhor Idade de Mato Grosso do Sul estão sendo realizados em Três Lagoas, com competições que começaram em 26 de agosto e se estendem até 1° de setembro. As modalidades em disputa nesta fase incluem bocha e voleibol adaptado, com a participação de 29 municípios do estado. No total, 750 participantes estão envolvidos, distribuídos nas categorias de voleibol adaptado nas faixas etárias 50+, 60+ e 70+, e bocha para as categorias 60+ e 70+.

A competição é organizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura). Esta é a segunda etapa das competições; a primeira ocorreu em Campo Grande, entre os dias 16 e 18 de abril, com disputas em nove modalidades individuais e em duplas: dama, dança de salão, dominó, malha, sinuca, tênis de mesa, truco, xadrez e atletismo.

Os Jogos da Melhor Idade proporcionam um momento de socialização para as pessoas idosas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos atletas seniores, além de promover autoestima e saúde mental.

Rosani Erthal, de 62 anos, aposentada como professora de Direito e residente em Dourados, joga voleibol adaptado há seis anos e destaca a importância do esporte em sua vida. “Conheci o vôlei no Ceper do Primeiro Plano em Dourados. A atividade física é muito importante para a nossa idade e, a cada dia, vamos melhorando. Não é algo que se aprende da noite para o dia; é preciso treinar diariamente. O esporte foi muito bom para a minha saúde—sou saudável e não tenho nenhuma doença. Quando eu estava no segundo grau em Niterói, no Rio de Janeiro, com 15 ou 16 anos, jogava na interclasse. Depois de muitos anos, nunca imaginei que voltaria a jogar vôlei. Este é o segundo ano que participo, e no ano passado ficamos em terceiro lugar, enquanto os homens ficaram em primeiro”.

Romilda Crim, de 78 anos, residente em Maracaju, participa dos Jogos como atleta de bocha e comenta como conheceu a modalidade. “Estou no esporte há uns 20 anos. Comecei participando do vôlei adaptado, onde fui capitã por muito tempo, mas com a idade, não pude continuar e migrei para a bocha. Estou gostando muito. Hoje jogamos e fomos bem na partida. Estou torcendo para que continuemos assim. Esses jogos são ótimos, pois conhecemos novas pessoas, estamos hospedados em um bom hotel, e estou aproveitando bastante”.

Acompanhe os resultados e chaves dos jogos por meio dos boletins:

Boletim 4 – JMI

Boletim 5 – JMI

Texto e fotos: Bel Manvailer, Comunicação Setesc

Óleo vira sabão, Bonito respira sustentabilidade e Festival de Inverno preserva 5,7 milhões de litros de água

O óleo de cozinha, quando descartado de forma inadequada, é um dos maiores vilões do meio ambiente. Um litro do produto é capaz de contaminar 25 mil litros de água, comprometendo ecossistemas inteiros e colocando em risco a vida aquática. Além disso, ele forma uma camada na superfície da água que impede a oxigenação, sufocando a fauna e prejudicando a flora subaquática. Este perigo é ainda mais acentuado em regiões de grande valor ambiental, como Bonito, onde a pureza das águas é a joia a ser preservada.

No FIB (Festival de Inverno de Bonito), onde a beleza natural sempre é protagonista entrelaçada às manifestações culturais e artísticas, a sustentabilidade foi, mais uma vez, a preocupação central. Na 23ª edição, que ocorreu de 21 a 25 de agosto deste ano, uma solução criativa foi colocada em prática para enfrentar o problema do óleo residual: transformá-lo em sabão líquido e em barra. O produto pode ser utilizado na lavagem doméstica geral (superfícies, pisos, bancadas), de roupas e utensílios de cozinha.

Sabão sustentável no coração do Festival

Ana destaca transformação do óleo em sabão como cuidado com as águas cristalinas da região

E a transformação aconteceu lá mesmo, em estande montado na Praça da Liberdade, coração do Festival. “Pegamos o óleo das barracas de lanches e, com ele, fizemos sabão sustentável. A própria comunidade veio pegar o sabão que fizemos. Isso é muito importante, porque estamos falando de economia circular em que o óleo descartado é transformado em um novo produto, como o sabão, que é distribuído novamente para as barracas e à comunidade”, explica Ana Franzoloso, fundadora da Du Bem, empresa colaboradora do Festival na gestão de resíduos sólidos e líquidos.

Neste ano, a gestão de resíduos teve impacto ainda mais significativo. Foram coletados 228 litros de óleo de cozinha usado, o que representa aumento de 147% em relação aos 92 litros do ano anterior. Esta quantidade, quando corretamente reciclada e transformada em sabão, por exemplo, preserva 5,7 milhões de litros de água – aumento de 148% comparado aos 2,3 milhões de litros preservados em 2023.

É na tenda de Márcia Quintana que todo o processo começa. Enquanto o aroma dos pastéis frescos invade o ar, a comerciante bonitense, de 50 anos, dá início a uma cadeia de sustentabilidade. A cada pastel frito, o óleo usado, que em outros lugares poderia se transformar em poluição, ganha novo destino. Ela repassa o líquido à empresa, para ser transformado em sabão, iniciativa que teve início no ano passado e que conta também com a participação de outros comerciantes parceiros. No entanto, a conscientização sobre o impacto ambiental do óleo de cozinha vem de muito antes, desde 2009, quando Márcia começou a vender salgados em eventos pela cidade. 

Além das vendas, Márcia faz seu papel e colabora para um futuro mais verde e preservado

“Eles [funcionários da Du Bem] vieram me procurar. No ano passado, eu tinha umas quatro latas de óleo usado, e aí eu dei”, explica, expressando também seu sentimento de realização. “Me sinto privilegiada, né? Me sinto muito feliz, porque tem o retorno para a natureza, estou ajudando a preservar”.  No final do Festival, Márcia recebeu cerca de 50 litros de sabão em troca do óleo doado. 

Economia circular e geração de renda

Ao final de cada dia do Festival, o estande da Du Bem produziu litros de sabão a partir do óleo reciclado e disponibilizou o produto tanto para os comerciantes que haviam doado o óleo quanto para a população de Bonito em geral. Em vários dias, a demanda foi tão alta que filas se formaram para garantir a aquisição do sabão, e alguns moradores chegaram a deixar suas embalagens na tenda para assegurar que não perdessem a oportunidade de receber o produto. “A presença das filas e a espera das pessoas foram um reflexo da importância e do impacto desse processo de economia circular”, observou Ana Franzoloso.

Antônia encontrou no sabão reciclado uma nova oportunidade de renda

A transformação do óleo usado em sabão não apenas contribui para a preservação do meio ambiente, como também gera novas oportunidades de renda para a comunidade. Durante o Festival de Inverno, esse processo foi ampliado de maneira colaborativa, envolvendo a população local em cada etapa, desde a coleta do óleo nas barracas de lanches até a produção do sabão sustentável.

A empresa parceira do FIB promoveu oficinas para ensinar a produção de sabão a partir do óleo reciclado, garantindo que o conhecimento se espalhasse entre os participantes. Antônia Alves, de 53 anos e atualmente desempregada, viu na oficina uma chance de mudar sua situação. Ela explica que o aprendizado prático proporcionou uma nova habilidade e abriu portas para gerar uma renda extra.

“Passei pela praça e vi o estande. Fui lendo os cartazes e assim que vi o baldão de sabão que tinha acabado de ser feito, me interessei a aprender”, conta Antônia, prometendo repassar o conhecimento aos seus amigos e familiares. “Além de aprender a fazer sabão, que é uma habilidade valiosa, sinto que agora posso contribuir de forma significativa para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo em suas casas”. 

Eva levará sustentabilidade ao seu comércio e à comunidade

Empolgada com a oficina, Antônia rapidamente compartilhou a novidade com sua amiga Eva Aivi, de 59 anos, que trabalha como catadora de materiais recicláveis em Bonito e também é dona de um pequeno comércio, um mercadinho de bairro.

Interessada na oportunidade, Eva decidiu se envolver após encontrar vários litros de óleo no aterro sanitário da cidade. Ela afirma que planeja fazer sabão para vender em sua loja e também distribuir para quem não pode comprar. “Foi uma chance única de aprender e ajudar as pessoas. Vou usar o que aprendi para transformar o óleo e oferecer uma alternativa acessível a todos”. 

João se inspira na natureza e adota o sabão reciclado para um estilo de vida mais sustentável

José Antônio Lopes, de 65 anos, é artista plástico, terapeuta holístico e tem profunda conexão com a natureza, além de ter o hábito de consumir produtos naturais. Ao explorar o Festival de Inverno de Bonito, sua curiosidade o levou à tenda da Du Bem, onde a produção de sabão reciclado capturou seu interesse.

“Eu descobri a produção de sabão reciclado passando por aqui e fiquei fascinado. Sempre procurei formas de contribuir para a preservação ambiental, e o sabão feito com óleo reciclado me chamou a atenção”, explica José, revelando seu compromisso com práticas sustentáveis. Para ele, o sabão produzido será exclusivamente para uso próprio. “Embora eu não tenha óleo usado em casa para transformar, vou comprar óleo novo para fazer o sabão para mim mesmo”. 

O ciclo de reciclagem que transforma vidas

No FIB, o processo de reciclagem é cuidadosamente planejado para garantir que os resíduos tenham um destino correto, contribuindo tanto para a sustentabilidade quanto para a geração de renda. Neste ano, a coleta de recicláveis se expandiu, com aumento da equipe de catadores locais. “Nossa equipe recolhe materiais como latinhas, plásticos e papelão e os leva para uma empresa local que faz a triagem e separação. Depois disso, esses materiais são vendidos, gerando renda para os catadores”, afirma Ana Franzoloso, gestora da Du Bem.

O impacto dessas iniciativas reflete-se nos números. Em 2024, foi coletada 1,2 tonelada de materiais recicláveis, representando um aumento de 28,8% em relação ao ano anterior, quando foram recolhidos 938,29 quilos. Ana Franzoloso também destaca a importância de enviar os resíduos para a reciclagem de maneira adequada.

“Quando descartamos corretamente e enviamos para empresas especializadas, evitamos que toneladas de material acabem em aterros ou no meio ambiente. É um processo que vai além da coleta, envolvendo uma cadeia produtiva, onde cada parte tem seu papel, desde o catador até a empresa que recicla e transforma os materiais em novos produtos”, explica. 

Lixeiras ‘bag’ foram espalhadas pelo Festival de Inverno de Bonito para incentivar a coleta seletiva e promover a sustentabilidade

Nesse ciclo de reciclagem, personagens como Francisca Santos, de 72 anos, têm um papel fundamental. Natural de Bonito, ela trabalha como catadora há 15 anos. Sua jornada começou por necessidade, buscando uma forma de sustentar sua família. Hoje, a reciclagem é a principal fonte de renda de sua casa, permitindo que ela reformasse sua moradia e instalasse água e esgoto.

“Com a reciclagem, consegui melhorar minha vida. Reformei minha casa e vivo com mais dignidade”, conta Francisca, que participa do Festival de Inverno há cinco anos. Durante o evento, sua coleta diária, que costumava ser de quatro quilos, chegou a 40 quilos, resultado do aumento do fluxo de pessoas. Todo o material é levado para uma empresa local e vendido, gerando o sustento necessário para ela e sua família.

Já Ana Rosa, mineira de Porteirinha (MG), está em Bonito há muitos anos e vê na coleta de latinhas uma atividade que a mantém ativa e que complementa sua aposentadoria. “Catar latinhas me ajuda bastante. O dinheiro que ganho com elas cobre alguns custos, e como as coisas estão caras, faz diferença”, explica Ana, que há mais de vinte anos atua como catadora. Mesmo com o frio das noites do festival, ela não deixou de comparecer. “Eu gosto de vir, encontro pessoas boas, converso e faço amizades. Isso me deixa feliz”, relata.

Material coletado no FIB é enviado para uma empresa local, que garante a destinação correta para reciclagem

Além de catadoras como Francisca e Ana, há também outros agentes importantes no processo de reciclagem durante o Festival, como Ronaldo Barrios, de 53 anos. Ele é responsável pela mobilização dos catadores locais, desempenhando papel crucial na organização da coleta durante o evento. “Eu converso com os catadores e faço a mobilização. Quando a Ana [Franzoloso] chega, visitamos os catadores, e eles participam da coleta,” explica Ronaldo, que mantém contato com mais de 20 catadores ao longo do ano.

Ronaldo, que também trabalha como jardineiro, se envolveu com a reciclagem no festival no ano anterior e, desde então, colabora com a Du Bem. “É uma forma de ajudar a galera a ganhar um trocado a mais e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente,” afirma ele, destacando o orgulho que sente ao contribuir para a conservação do paraíso natural que é Bonito, sua terra natal.

Lucas Castro, Festival de Inverno de Bonito
Fotos: Álvaro Rezende